Cooperativismo e desenvolvimento econômico em um cenário de mudanças climáticas
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12 de janeiro de 2017O Ano Internacional das Leguminosas nos oferece uma oportunidade única para aumentar a conscientização sobre a contribuição das leguminosas, tendo em vista as vantagens significativas relativas à nutrição, graças ao seu elevado teor de proteínas e aminoácidos essenciais, além de constituírem fonte de carboidratos, vitaminas e minerais.
Outro ponto importante a ser discutido no Ano Internacional das Leguminosas é a produção e sustentabilidade ambiental como um dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, por meio da gestão e uso de recursos naturais e sustentáveis da terra, água e biodiversidade.
As leguminosas aumentam a biodiversidade, a produtividade e eficiência do uso da água em sistemas agrícolas e na rotação de culturas, diminui a necessidade de fertilizantes, reduzindo o custo final da lavoura e evitando a emissão de gases de efeito estufa. Em questão de segurança alimentar, a FAO tem dois objetivos principais que são: – “ajudar a eliminar a fome, a insegurança alimentar e a desnutrição” e “tornar a agricultura mais produtiva”.
As leguminosas são uma ordem de plantas cujo fruto é uma vagem, como o feijão, o grão de bico, as favas e as lentilhas. À medida que a planta amadurece, as vagens secam e nascem as sementes; estas últimas ao amadurecer, armazenam alimento para que germine outra planta, por isso que tem mais nutrientes que quando estavam frescas e verdes.
Denomina-se legume (do latim legumen) a um tipo de fruto seco, também chamado comumente vagem. Recebem esse nome as sementes comestíveis que crescem e amadurecem dentro do fruto e também as plantas que os produzem.
As leguminosas constituem um grupo de alimentos homogêneo formado pelos frutos secos das leguminosas, sendo deiscentes, desenvolvidos a partir do gineceu, de um só carpelo e que se abrem tanto pela sutura ventral quanto pela dorsal, em duas partes e com as sementes em uma fileira ventral.
Estas vagens geralmente são retas e carnudas. Normalmente possuem uma massa interior esponjosa, aveludada e de cor branca. Sua parte interna corresponde ao mesocarpo e ao endocarpo do fruto. Esses frutos pertencem ao grupo das plantas leguminosas (família Fabaceae) e, apesar do grande número de espécies que compõe esta família, as utilizadas para a alimentação humana e do gado são relativamente poucas.
A parte da planta consumida na alimentação animal e humana varia entre as diferentes espécies de leguminosas. Na maior parte dos casos, a parte comestível coincide com a utilizada pela planta como armazenamento de substâncias de reserva.
A grande variação existente na parte consumida é uma consequência da diversidade de estratégias utilizadas pelas leguminosas para sua adaptação aos meios mais diversos. Nosso organismo necessita de proteínas para crescer, restaurar-se e formar músculos, tecidos e ossos. Ainda que a principal fonte de proteínas seja a carne, as leguminosas também são ricas neste nutriente. A diferença é que a proteína proveniente das carnes é completa, e a proteína vegetal deve ser completada com produtos derivados de cereais ou grãos, como o pão e o arroz; ao mesclar estes dois tipos de alimentos obtêm uma proteína completa.
As leguminosas também proporcionam outros benefícios: são excelentes fontes de fibra e de vitaminas do complexo B, como a tiamina e riboflavina, e contêm minerais como o ferro e o cálcio. Do ponto de vista do prazer de comer, proporcionam sabor, textura e volume aos alimentos. Por exemplo, na América Central é comum a combinação de arroz com guandu e de feijões com tortilhas, na Espanha é usual combinar arroz com ervilhas, na China consomem o arroz com soja e no México milho com feijão.
Naterce Andreia Balbé Machado,
professora da Escola Técnica Estadual Achilino de Santis de Santo Antônio das Missões/RS