Os quatro gigante
5 de abril de 2023Calor
27 de abril de 2023Recursos humanos e financeiro, readequação do curso técnico e mais prazo para debater o Novo Ensino Médio foram temas discutidos nesta quarta-feira, 12 de abril, entre o Conselho de Diretores das Escolas Técnicas Agrícolas do Rio Grande do Sul, a diretora superintendente, Tamires Fakih, e a diretora pedagógica, Raquel Padilha, da Superintendência da Educação Profissional do Estado (Suepro), além do diretor geral da Secretaria da Educação (Seduc), Paulo Burmann. O encontro aconteceu na casa da Associação Gaúcha de Professores Técnicos de Ensino Agrícola (Agptea), no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS).
O presidente da Agptea, Fritz Roloff, afirmou que foi um dia muito especial para a construção de um novo perfil para as escolas agrícolas, principalmente na questão de reorganização de seus currículos. Segundo ele, até então, essas instituições de ensino tinham informações com prazos delimitados e orientações desencontradas. “Havia uma grande confusão entre os tipos de instruções que vinham tanto da Secretaria da Educação e da Suepro quanto das coordenadorias regionais. E esta reunião serviu para que, a partir de agora, se constitua um grupo de trabalho que vai balizar e reorientar essas práxis que são tão necessárias para que a escola tenha o seu regimento e plano de curso homologados pelo Conselho Estadual de Educação”, salientou.
Roloff ainda enfatizou ser fundamental que as realidades regionais sejam respeitadas para que a escola não perca a autonomia de reconstruir os seus regimentos com base no cenário em que estão inseridas. “É no chão da escola que se sabe o que realmente é fundamental. Então, cabe ao governo as diretrizes gerais da educação, mas o fazer pedagógico deve acontecer na escola. E a reunião serviu para que justamente este entendimento também aconteça a nível de governo. Esperamos que dê frutos, que este grupo de trabalho se instale de fato e que possa obter bons resultados”, pontuou.
O presidente do Conselho de Diretores das Escolas Técnicas Agrícolas do Rio Grande do Sul, Luiz Carlos Cosmam, por sua vez, classificou a reunião com a Suepro e a Seduc muito produtiva. “Essa aproximação foi importante. Conseguimos mostrar as nossas angústias, as nossas demandas. Temos uma pauta muito extensa, com no mínimo 15 itens, mas definimos com o grupo das 26 escolas representadas na reunião, o Conselho de Diretores e a Agptea três itens que são considerados os mais urgentes”, informou, citando os recursos financeiros para a manutenção das escolas, “que vêm defasados aos longo ao longo dos anos”, os recursos humanos e a nova Base Nacional Curricular Comum.
Sobre a questão dos recursos humanos, Cosmam destacou que as escolas agrícolas precisam ser vistas pelas suas necessidades. “Temos alunos semi-internos ou internos que necessitam de uma alimentação completa, durante todo o dia. Portanto, precisamos de cozinheiros, monitores, técnicos agrícolas, além de plantonistas nas Unidades Educativas de Produção que funcionam durante todos os dias do ano”, explicou, observando que o Estado tem que ter um olhar diferenciado para essas escolas.